Alguns livros de autores com pseudônimo: Meg Cabot; Tahereh Mafi; Daniel Handler (pseudônimo de Lemony Snicket) e Babi Dewet. |
Olá, galero! Estive muito tempo
fora do blog por conta da faculdade e outras coisas, mas agora pretendo ficar
mais ativa.
O meu último post também foi
sobre dicas para escritores e eu realmente não queria postar dicas seguidas uma
da outra, mas como nada demais aconteceu na minha vida, esse post vai ser sobre
isso mesmo kkkk Espero que gostem!
PSEUDÔNIMO: TER OU NÃO TER?
Eis a grande questão da maioria
dos escritores: pseudônimo, ter ou não ter? Aposto que você autor já se fez
essa pergunta uma série de vezes, então, essa é a sua chance de decidir de uma
vez por todas se vai ou não adotar um outro nome.
Bom, antes de começar a falar a
minha opinião sobre o assunto, vamos fazer uma rápida definição do termo:
Pseudônimo nada mais é um nome fictício adotado para assinar obras de um
artista. Por exemplo: Demi Lovato é o pseudônimo da Demetria Lovato; Anitta é o
pseudônimo da Larissa de Macedo Machado, e por aí vai.
Parece se tratar somente de uma
questão de estética e imagem, mas o uso do pseudônimo também tem suas
utilidades que não estão nem um pouco ligadas à futilidade. Então, eu vou
listar casos onde o pseudônimo é útil e inútil.
ÚTIL PARA QUEM?
- Autores com nomes
constrangedores: é uma ótima oportunidade de o escritor desvincular sua obra de
um nome que poderá render gozações.
- Autores que odeiam seu próprio
nome: sim, há pessoas que odeiam seu nome por diversos motivos. Nesse caso, se
o ódio pelo nome for muito grande mesmo, eu aconselho realmente usar um
pseudônimo (caso já não use um no cotidiano, o que é bem provável).
- Autores que têm o nome igual ao
de outros autores ou artistas: nesse caso o uso de um pseudônimo nem é opcional
e sim obrigatório. Imagina um Paulo Coelho Zé Ninguém publicando seu primeiro
livro com esse nome? Renderia várias confusões e desconfortos.
- Autores que querem permanecer
no anonimato: para autores que não sonham com tardes de autógrafos e tudo mais,
mas querem que seus livros sejam publicados e alcancem o mundo a fora, usar um
pseudônimo é uma boa. É o caso do Fred K. (autor de PQOGSPN?!) que até hoje não
revelou sua identidade (embora seu nome verdadeiro (André) tenha sido revelado,
seu sobrenome e imagem continuam anônimas).
- Autores que têm nome e
sobrenome muito comuns: seria bom usar um pseudônimo para se diferenciar de
toda a população com o nome igual ao seu (exemplo: Maria da Silva é um nome
muito comum), entretanto, apesar do seu nome comum, suas obras podem fazer
sucesso e, junto com ela, seu nome também fará (fazendo com que você não seja,
a partir de então, uma Maria da Silva qualquer). Felipe Neto está aí para
provar que isso é possível.
- Autores que querem encurtar
seus nomes: J.K Rolling, L.S. James são ótimos exemplos (e também são
pseudônimos que facilmente podem ser confundidos com abreviações (mas são
pseudônimos!)). Outro exemplo legal é a Bárbara Dewet que assina suas obras
como Babi Dewet.
- Autores com nomes difíceis de
serem pronunciados e escritos: o pseudônimo para esses autores evita
complicações para seu público na hora de pronunciar e escrever seus nomes.
INÚTIL PARA QUEM?
- Autores que querem vender seus
livros pelo próprio nome: não adianta um autor nacional adotar um sobrenome ou
nome fodalhão. Ninguém compra um livro pelo nome do autor. Então, se você se
chamar José da Silva ou... Sei lá (Imagina um nome fodalhão aí) não vai fazer
diferença nenhuma.
- Autores que querem americanizar
seu nome: não, você também não vai vender mais porque seu livro está assinado
como Jack Winster ou coisa assim, principalmente se você tiver a cara de José
da Silva. Essa de pseudônimo com nome americano, algumas vezes, beira ao
ridículo porque a fuça do autor é totalmente brasileira. PORÉM, se você for
aquele cara que quer continuar no anonimato (como citado já a cima), o uso de
um pseudônimo americanizado pode ser sim uma jogada de marketing.
- Autores que querem usar um nome
totalmente ficcional: há nomes ficcionais que são bem legais, mas acabam ficando
estranhos quando são ligados a sua fuça. Se você tem cara de João de Barro, não
vai ficar legal usar um nome ficcional. Vai ser extremamente forçado também.
Mas... tem gosto pra tudo.
- Autores que publicaram alguns
livros de certo gênero e agora querem escrever outro livro de um gênero
totalmente diferente aos anteriores: antigamente isso era comum e até mesmo
útil, mas hoje em dia não rola mais. Agatha Cristie era conhecida por seus
romances policiais, mas também escreveu vários livros de romances românticos e
para esses ela usava um pseudônimo. Hoje em dia isso é extremamente inútil por
conta da proximidade que o leitor tem com o autor (seja essa proximidade
estabelecida pelo próprio autor, seja estabelecida pela internet). Meg Cabot
usa alguns pseudônimos (além do próprio Meg Cabot), porém esse nome vem logo
seguido (e com maior destaque) por “pseudônimo de Meg Cabot”, então acaba sendo
realmente inútil.
Pronto. Esses são a maioria dos
motivos que levam um autor a pensar em adotar um pseudônimo.
Só quero deixar claro que tudo
citado a cima é a MINHA opinião sobre o assunto. Não é regra. Se você se
enquadra na lista do “inútil para quem?” não se sinta ofendido. Adotar um
pseudônimo ou não é algo totalmente opcional e particular, mas resolvi fazer
essas duas listas para àqueles que ainda estão em dúvida, e só pensam em adotar
um novo nome e for realmente necessário mesmo.
Bom, esclarecido isso e feito as
pazes com vocês, a matéria continua:
MARINE E SEU PSEUDÔNIMO
Se não sabiam, agora fiquem
sabendo: Vanessa S. Marine é um pseudônimo. Meu nome real é Vanessa da Silva
Monteiro.
Fugi a regra de todas as coisas
citadas à cima e escolhi usar um pseudônimo por conta de outros motivos...
Então, aí vai a história do meu pseudônimo:
Quando eu tinha 12 anos, minha
mãe finalmente resolveu colocar internet em nossa casa. Na hora em que eu fui
criar um e-mail para mim, todas as combinações possíveis de Vanessa, meu
sobrenome e meu apelido (nessa) já estavam sendo usadas. Isso causou certa
frustração, mas aí eu comecei a pensar em uma palavra diferente que eu pudesse colocar
ao meu nome para finalmente criar um e-mail. Como na época eu queria fazer
biologia marinha (pausa para risos) logo a palavra “marine” surgiu em minha
mente. Então, o URL do meu e-mail ficou nessa_marine (esse e-mail não existe
mais, ok? Kkkk). Depois disso, todas as minhas contas na internet, usava o “Marine”
junto ao meu nome (ou às vezes eu o usava sozinho mesmo) porque “Vanessa” e meu
sobrenome já haviam sido usados nessas redes sociais também.
Em 2009, quando eu comecei a
escrever meu primeiro livro (Novembro – 281 dias para recuperar um sorriso), na
hora de entrar nos sites e criar o perfil fake para postar a história no Orkut,
usei o Marine porque continuava sendo diferente dos outros nomes, então as
pessoas me distinguiriam facilmente. O nome pegou nos meus leitores e até 2011
foi assim.
Quando decidi que tentaria
publicar meu livro e comuniquei isso aos meus leitores, logo a questão do nome
veio à tona. “Como você vai assinar Novembro?” “Não consigo te chamar de
Vanessa...” e outras questões surgiram na boca do meu público.
Isso pode parecer besta, mas me
tirou o sono várias vezes. Vanessa era quem eu era de verdade (minhas raízes,
meu começo), mas Marine foi o que eu me tornei no meio literário e era como
meus leitores me chamavam. Não via um nome separado do outro. Seria como negar
essas duas fases minhas e isso era o que eu menos queria.
Logo depois falei para os
leitores que estava cogitando a ideia de assinar o livro como Vanessa Marine.
Eles gostaram da ideia de eu querer fazer a junção dos nomes, porém disseram
que ele não estava sonoro.
Depois de muitas especulações e
frustrações, uma alma boa me deu a ideia de colocar uma letra entre “Vanessa” e
“Marine”. Após usar todas as letras do alfabeto no meio do meu novo nome (pausa
para os risos novamente), eu me decidi pelo “S.” porque um dos sobrenomes da
minha mãe é Silva e um dos sobrenomes do meu pai é Santos.
Resumindo “Vanessa” é quem eu
era, “S.” é de onde eu vim e “Marine” é o que eu me tornei.
DICAS
. Seria ótimo se seu pseudônimo
tivesse um significado forte para você (assim como o meu tem para mim), porque
os riscos de você enjoar dele são nulos.
. Procure não ficar mudando de
pseudônimo a cada obra ao menos que você não queira que certo livro seja
veiculado a sua imagem atual e queira se manter como autor anônimo deste.
PS.: Não tenho dicas para criar
um pseudônimo, porque tenho dificuldade até em formular os nomes das minhas
personagens, então... Siga se coração na
hora de escolher seu novo nome, gafanhoto kkkkkkkk
Mas respondendo à questão
inicial: pseudônimo, ter ou não ter? Bom, isso é do critério de cada um, mas
minha opinião é: tenha um pseudônimo só se ele for realmente útil para você,
caso contrário, continue assinando com o seu nome mesmo, aquele que seus pais
tiveram todo o trabalho para escolher.
Também acho que se não for por uma razão extrema não faz sentido. Como você disse, no caso de nomes constrangedores ou difícieis de serem pronunciados faz muito nexo, né? Adorei a ideia do post!
ResponderExcluirAbraços, Isabela.
www.universodosleitores.com
Obrigada por expressar sua opinião o/ Adoro o Universo dos Leitores. Blog ótimo e equipe ótima também!
ExcluirEu mesmo utilizo pseudônimo(meio óbvio kkk) na intenção de não ser identificado pois não desejo fama nem nada disso..só gosto de escrever e desejo que as pessoas se identifiquem nos textos que escrevo..nada mais além disso :)
ResponderExcluirhttp://vamosartezar.blogspot.com.br
Esse é meu blog e seria ótimo ter a opinião de uma escritora que está no "ramo" a bem mais tempo do que eu. Se você não gostar, tudo bem... não custa tentar :P
Admiro quem adota um pseudônimo para manter anonimato! Fico super curiosa em saber quem é kkkk mas fica a arte pela a arte e eu admiro. Vou dar uma passada no seu blog e ver seu trabalho o/ Beijos!
ExcluirAdorei sua matéria, ficou muito boa! Ultimamente tenho pensado muito também em pseudônimos, já que não me sinto confortável com o meu nome, no caso, de forma artística. Até tenho um pseudônimo na net, mas também não me sinto segura usando ele, então estou louca com isso kkkkkkkkkkkkk Enfim, seu pseudônimo é bem legal :)
ResponderExcluirObrigada por deixar sua opinião! Tenha calma na hora de escolher seu pseudônimo. Eu também demorei muito para escolher o meu, mas hoje estou segura com ele. Espero que consiga se decidir por qual nome usar! Boa sorte na carreira o/ Beijos!
ExcluirEu adoro a ideia de ter um pseudônimo, acho interessante porque é algo que lhe faz diferente. Algo que se houver outro autor com o mesmo nome que o seu, o seu pseudônimo vai lhe diferenciar. Eu ainda não tenho um, mas preciso porque Lenara Christie (algo que só minha criativa mãe colocaria como nome), por mais impressionante que seja, as pessoas sempre erram levando tentativas para acertar escrever o Lenara. Então gosto mais de usar Lena, é simples kkkk
ResponderExcluirAdmito que achava que seu nome era Marine kkkk, mas agora sabendo que é um pseudônimo ele ficou ainda mais interessante, ainda mais com ele tendo um significado tão importante como " quem eu era + de onde eu vim + o que eu me tornei".
Seu nome é muito bonito! E diferente! Mas se realmente quiser um pseudônimo, dá para criar algo sem fugir do seu nome verdadeiro mesmo o/ E Lena é bonito também. Diga a sua mãe que ela é muito criativa kkkkkk Muito obrigada <3
ExcluirCara, eu sou Maria da Silva (ou quase isso) hahahaha
ResponderExcluirUso o pseudônimo L. no mundo da blogosfera porque era a forma como eu assinava as cartas que escrevia para minhas amigas. Mas quando tive meu primeiro texto publicado no jornal do colégio o pseudônimo teve que mudar, claro, virou Mallu Silva. Mas daí quem me conhecia apenas pelo meu nome mesmo (Maria Ludmila, pois é), não reconheceu meu pseudônimo. Virou bagunça. hauhauha
Boas dicas, gostei mesmo!
beijos.
Meu nome é comum, mas gosto dele. Não sei se existe algum autor que publica como Jefferson Reis. Será? Já pensei em Jefferson A. Reis, por causa de meu segundo nome, mas fico em dúvida.
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